Pesquisar a Dialética

domingo, 27 de março de 2011

A perigosa arte do Simulacro

Simulacro: Criar algo que possa parecer real, dessa forma iludindo as pessoas com relação a determinada situação; - Dicionário Informal
Até pouco tempo atrás, palavra por mim desconhecida. 
Descobri que até hoje eu sempre estive e sempre estarei inserida em seu contexto e não só eu, todo o resto do mundo.
Essa semana, na faculdade, ouvi algo que sempre fez sentido pra mim, mas até aquele presente momento, ninguém tinha dividido o mesmo pensamento que eu:
O homem vive buscando formas de ser o que não é e de se dar bem a qualquer custo.
Sim! Muitas pessoas vivem em um mundo que não são delas, contam vantagens sobre coisas que nunca aconteceram e sinceramente esperam que as coisas sejam iguais as da televisão.
São diversos padrões, inseridos em nosso cérebro, que reconhece esse estímulo e responde através de modismos, atitudes e necessidades de valores, que muitas vezes não fazem o menor sentido.


Semana passada, estive de passagem por um lugar considerado "nobre" em SP. Muitas lojas, pessoas consideradas chiques, forte sistema de segurança, muita ostentação e pouca realidade. 
Não muito longe dali, dois garotinhos engraxates caminhavam pela calçada, maltrapilhos e sem nenhuma perspectiva...
Diante disso, me questionei: Qual o motivo de tanta ostentação se o mundo em que vivemos é completamente inverso? Qual o sentido de ostentar diante de tanta desigualdade?


Bom, até agora não encontrei respostas cabíveis, mas Baudrillard tem me ajudado bastante...
Resumindo: Tem lugar pra eu estacionar o meu Crossover? Tem. Tem segurança? Tem. Marcas importadas a preços absurdos? Tem. Já passou na Tv? Já.
Então, do que estávamos falando mesmo?


Fingir, dissimular, tentar fugir? Não.





Menos do Mesmo

Dead Fish

O compromisso em satisfazer
Entreter, como obrigação
Será que está aqui o que precisa?
Procurando seus clichês nos meus
Menos do mesmo você diz querer
Fingindo ser o que não é
Outras canções em outras vozes
Mas sempre o mesmo refrão
Respostas fáceis do que não querem contar
Consumir, formar opinião
Descartável, sem nenhum valor
Menos do mesmo você diz querer
Fingindo ser o que não é
No mesmo lugar
Repetindo até se entediar
Pague caro, nesta mesma ilusão
Neste horário
A paisagem não mudou
São 9:11
Algo vai acontecer
Menos do mesmo você diz querer
Fingindo ser o que não é
No mesmo lugar
Repetindo até se entediar
Pague caro, nesta mesma ilusão
São só mentiras
Que querem te vender
Segmentado, outro mercado
Pra assimilar
Quem vai lucrar?






domingo, 20 de março de 2011

“Fim dos Tempos” (para os Jornais?)

Em tempos de Internet, onde a notícia é atualizada a cada minuto, o Jornal impresso se tornaria obsoleto?

Não, o jornal não precisa acabar e sim adequar-se as novas tendências com conteúdo e personalidade.
A maioria das pessoas prefere a Internet pela comodidade, por ser mais fácil, pelo fato das notícias serem mostradas de forma dinâmica, porém, muitas informações são de fontes pouco confiáveis, já no Jornal impresso é diferente, a credibilidade é maior.

Acredito que o Jornal impresso ainda é uma unanimidade, visto que as pessoas preferem sentir a textura do papel e a confiança que os jornais tradicionais trazem.
Tem outro fator predominante, uma grande parte da população não possui acesso à Internet a todo o momento, já no Jornal impresso as pessoas podem simplesmente parar em frente a uma banca de jornal e ler os principais notícias  da primeira página. No meu ponto de vista a Internet é um ótimo meio de se conectar ao mundo, de se informar rapidamente sobre determinado assunto, porém temos que usá-la com cautela. Qualquer pessoa pode escrever textos na Internet, tais como blogs, fotoblogs e sites de relacionamentos, causando uma série de divergências.

Não podemos nos acostumar com as notícias “mastigadas” da Internet, temos que procurar uma fonte segura de informação, participando de discussões e conhecendo vários pontos de vista, para criar os nossos próprios conceitos.

O Jornal impresso é o resultado de várias pesquisas e revisões trazendo informação com precisão, onde lemos a notícia e paramos para pensar sobre o assunto.

A Internet e o Jornal podem caminhar juntos, sendo um o complemento do outro, não havendo necessidade de extinção de nenhum deles.

Dessa forma, enquanto houver pessoas se comunicando, ainda haverá notícia para ser impressa.

Violência Cultural




Após os acontecimentos no Egito dos últimos meses, acredito que surgiu na cabeça de algumas pessoas (assim como na minha), o que realmente é considerado cultura em alguns países e se determinadas atitudes em nome da chamada "cultura" não deve ser questionado.


Um dos fato que mais me aborrece é a violência, violência esta contra qualquer indivíduo, ou principalmente contra as mulheres e contras as crianças, em alguns países justificada na maioria das vezes como parte da cultura de um país.


São apedrejamentos, estuproscircuncisões(femininas) e várias outras situações inimagináveis que vemos em noticiários, livros, na Internet, etc.

Acredito que a verdadeira cultura é aquela que agrega algum tipo de valor, porque algumas na minha opinião, significam apenas violência e o único sentimento que me trazem é revolta diante de tamanhas injustiças.

Que tipo de reação pode ocorrer quando em um desses países extremistas que agridem pessoas, crianças e tratam mulheres como lixo? Qual seria o resultado de uma criança ver sua mãe morrer apedrejada em praça pública?

Talvez algum dia alguém que queira se vingar, não só dos agressores, mas de todo o resto...e daí já sabe...terrorismo?

Não quero julgar, quero apenas entender o porque de tanta violência...

quarta-feira, 9 de março de 2011

Sobre a violência...

A história da repórter da CBS agredida no Egito, até hoje me causa revolta.

11/02/2011 -  Hosni Mubarak, presidente do Egito, acabara de abandonar o poder...

A jornalista Lara Logan, correspondente da CBS estava cobrindo o evento na praça Tahrir, como vários outros profissionais.
Foi surpreendia por 200 pessoas enfurecidas, foi violentada, agredida, sem nenhum motivo, apenas pela falta de respeito e limites de algumas pessoas que não estavam ali pra lutar por algo e sim fazer baderna sem ideal nenhum. Só conseguiu sair dessa humilhante situação com a ajuda de mulheres e soldados que estavam no local...

Deixando de lado qualquer questão política, cultural, estamos falando sobre violência, a falta de limites de algumas pessoas, que usam como desculpa a cultura de um país para cometer atrocidades.

Até quando veremos tal violência contra as mulheres? Aonde foi parar o respeito?




Sobre A Violência

Dead Fish

Composição: Dead Fish
Você insistiu em não perceber,
virar as costas e esquecer,
agora é tarde, não tente se esconder!
E sobre a violência,
que você fingiu não ver agora explode,
agora explode em sua cara,
eu só vejo o sangue a correr.
Não há mais nada,
não tente se omitir
e nem aponte o dedo pra fingir não ser você.
E sobre a violência,
que você fingiu não ver agora explode,
agora atinge a sua vida
e eu só vejo muros a crescer.
E sobre a violência,
que você fingiu não ver, e agora explode,
agora atinge os seus filhos
e eu só vejo lágrimas a correr